junho 28, 2013
Esses dias, ao embarcar no trem, acabei escutando uma conversa animada entre duas jovens, com faixa etária entre 18 e 22 anos, se não me engano. Antes de começar a contar a história, gostaria de dizer que não sou fofoqueira e não gosto de escutar a conversa dos outros, mas foi meio impossível, já que elas estavam falando a todo vapor e bem na minha frente. Normalmente, escuto música bem alta nos meus fones de ouvido, mas dessa vez, eu os tinha esquecido.
O enfoque da conversa era sobre relacionamentos. A que aparentava ser mais nova começou a desabafar com a amiga: “Não sei quem escolho: Um é um amor, é pra andar de mãos dadas no shopping, tomar sorvete junto, apresentar para os pais. O outro é apaixonante, faz minhas pernas tremerem, me chama para fazer trilhas, pular de asa delta.” Enfim, achei todas as descrições muito superficiais, mas consegui entender um pouco da personalidade de cada um pelas poucas características apontadas.
O questionamento dela era bem simples: “Fico com o perigoso apaixonante ou com o amor saudável?” e a resposta também estava bem clara: ela deveria escolher o que condizia com o que queria para a sua vida, se queria um relacionamento saudável ou só uma paixonite. Sendo que acredito que se uma pessoa está em dúvida entre outras duas pessoas, é porque não gosta suficientemente de nenhuma.
À essa altura, eu já estava com vontade de sentar ao lado das garotas e dar a minha opinião, mas me segurei com todas as forças para não fazer isso, e eis que escutei a seguinte pergunta: “Do que você gosta no seu namorado? Como sabe que ele é o amor da sua vida? Talvez isso me ajude.” Meu primeiro pensamento foi: “Ela não sabe, ninguém sabe.”, mas aguardei pela resposta, e partindo da garota que parecia ser a mais velha, esperava que tivesse algum conteúdo. Ela respondeu: “Ele é bonito, tem um emprego legal, tem carro, me leva aos lugares que gosto de frequentar.”
Ainda faltavam duas estações e sem poder me mexer, já que o trem estava lotado, não pude me desviar daquela série de atrocidades. Acho que em algum momento, me desliguei do assunto, pois só o que conseguia ouvir era um burburinho no fundo. Eu tinha feito uma coisa que adoro fazer: mergulhei nos meus próprios pensamentos e esqueci do mundo lá fora. Sendo que, infelizmente, me ficou a questão: "Será que todos pensam assim?"
Desci na minha estação, triste e cabisbaixa, querendo me atirar no vão entre o trem e a plataforma, e ao chegar em casa, pensei em pesquisar sobre o assunto, quis realmente entender como funciona a mente de nossas jovens. A maioria das respostas se assemelhavam as que já tinha escutado naquela manhã, outras mencionavam como características importantes: segurança e confiança. Essas eu poderia até compreender e aceitar, quando finalmente ouvi uma que me fez recuperar o fôlego, que me fez ficar com os olhos cheios de lágrimas: "Eu gosto do modo como ele pensa. Às vezes gostaria de poder entrar dentro do cérebro dele".
Na minha humilde opinião, acho que o amor não tem explicação e se você está procurando por uma, é por que está tentando se convencer de alguma coisa. Lembro que uma vez me perguntaram: "Por que você gosta de Fulano?" e minha resposta foi automática: "Não sei. Só sei que gosto." Acredito que amor é decisão, amamos além dos defeitos e ele só vem com o tempo.
Não estou dizendo que estou certa e que as outras meninas estão erradas, mas talvez valha a pena pensar: Existe explicação para o amor?
Texto: Cínthia Sampaio.
Acompanhe meu Blog Pessoal: http://cinthiasampaio.blogspot.com.br/
Texto: Cínthia Sampaio.
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Depois nós homens que somos superficiais!
ResponderExcluirMas de boa!
o tipo de cara legal, que curte as mesmas coisas e tudo mais, servem só para amigos, já os caras pilantras, com caráter duvidoso geralmente são os mais atraentes.
Infelizmente vejo uma certa inversão de valores que geralmente acaba quando a fulana esta com 2 filhos, solteira e sem muitas perspectivas.
A e sim, lembram daquele bobo la traz.
Não existe explicação!
ResponderExcluirSó da pra sentir!
Não é que a mulher ou o homem complicam a vida a dois, o correto realmente é que o "amor" é algo indecifrável, temos que viver, sentir, chorar, sorrir, aprender, cair... e se você continuar a seguir, é porque realmente vale a pena, fora isso é apenas desejo, paixão!
ResponderExcluirHipocrisia julgar , o amor sempre parte de coisas que nos interessam , sejam de maneira pratica e util ou pelo simples fascinio. Cada qual com suas preferencias
ResponderExcluirEu não quis parecer hipócrita. Se você viu assim, peço desculpas. Como disse no fim, eu também não sei a resposta e por isso deixei a pergunta no ar.
ExcluirPenso mais ou menos assim...
ResponderExcluirAchei muito interessante esse post porque sempre parece que as mensagens vem pra gente na hora certa não é? *Divagando nas idéias*
ResponderExcluirDigo isso porque outro dia mesmo eu estava em um dilema... Como se sabe que ama alguém? Por que amamos?
Uma questão bem profunda cuja resposta deve estar dentro de cada pessoa... ou não!
Nem sempre dá para acreditar no "amor a nada, feliz e forte em si mesmo." Infelizmente precisamos de um algo a mais para despertar esse amor incondicional.
ResponderExcluirMuito bom!
ResponderExcluirtenho inveja de quem sabe o significado desse sentimento e ja viveu ele :/
ResponderExcluirNão temos uma explicação exata para o amor, só sabemos que ele vem de repente, de onde menos esperamos, quando não esperamos, e as vezes é bom no momento em que somos correspondidos, caso contrário, machuca demais.
ResponderExcluirO amor é ilusório porque não existe, é algo que a gente cria, a diferença é que as vezes essa ilusão é boa e as vezes não, amor é só amor/ódio, dois lados da mesma moeda.
ResponderExcluirAmor não tem explicação, julgamento ou qualquer outro adjetivo. Simplesmente acontece. Alguém pergunta pq o sol nasce, as estrelas brilham e essas coisas que acontecem pq tem que acontecer e que necessitamos que aconteça. Necessitamos amar, nem que depois acabemos largadas com cinquenta filhos de pais diferentes, mas amamos... e vivemos e ponto!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNa minha opinião, não há explicação para o amor. Só sabemos que ele é aquele belo e almejado sentimento, que todos queremos ter o prazer de conhecer ao menos uma vez. Mas, a questão é: como saber que estamos realmente amando alguém? A resposta está dentro de cada um e ela se baseia em observações. Podemos distinguir sentimentos e saber, de fato, qual estamos sentindo tendo como base o que tal sentimento nos causa, como nos faz sentir e o que nos faz querer e fazer. O amor é diferente, ele nos faz amadurecer mais, nos faz passa a querer coisas que jamais pensamos em querer, nos ensina a aprender, a tolerar, a confiar incondicionalmente, nos faz pensar no coletivo sempre e olhar na mesma direção da pessoa que está conosco. O amor não é aquele sentimento que nos faz ser controladora, possessiva, ciumenta excessivamente e desconfiada. O amor nos faz ter um ciúme normal e, às vezes, até engraçado, ele nos faz confiar e ceder. Quando encontramos alguém que nos traz total confiança e segurança, que nos ajuda, nos apoia, que cuida e zela e nos faz plenamente bem e feliz, aí sim sabemos que encontramos alguém diferente. Identificamos o amor nessas coisas e em pequenos detalhes que fazem toda diferença. Mas, como eu "disse" acima, o amor só pode ser sentido e traz modificações que nos faz identificá-lo. Bom, de qualquer forma, nós amamos o amor, amamos quem nos tornamos quando estamos amando, amamos amar alguém e amamos retribuir todo amor que nos é dado.
ResponderExcluirAdorei e concordo plenamente com o fim, Raíra! Amamos o amor, amamos quem nos tornamos quando estamos amando, amamos amar alguém e amamos retribuir todo amor que nos é dado. Já disse e repito: venha escrever junto conosco.
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